Recentemente tivemos a oportunidade de discutir sobre a importância que a cultura de aprendizagem tem no processo de execução das estratégias dentro das organizações em um artigo assinado pela nossa head de Consultoria, a Valquíria Cabral, e publicado pela                 MIT Sloan Review Brasil         .        

        Naquele texto, a Val trouxe uma reflexão importante: como os líderes e suas equipes podem estar preparados para fazer escolhas e tomar decisões o tempo todo se não estiverem profundamente alinhados, também em tempo real, com os direcionamentos estratégicos, e como o modelo vigente de educação corporativa pode dar suporte adequado às lideranças para que elas e suas equipes consigam tomar essas decisões estratégicas lastreadas em realidades extremamente mutáveis com a agilidade necessária?      

                    No processo de produção do conteúdo, tivemos a chance de ter uma                 conversa super rica                     com o                   Luís Sousa, parceiro facilitador da Afferolab e especialista em Estratégia         , que nos provocou dizendo que “O mundo corporativo digitalmente transformado – assim como aquele que quer se transformar – exige modelos modernos de estratégia e de execução. No passado, a formulação e a implementação da estratégia era similar ao que eu chamo de ‘ordem’. ‘A ordem é essa, seu papel é este e pronto. Cumpra-se!’. Hoje em dia, porém, as empresas que têm os melhores resultados atuam com uma visão mais flexível de estratégia, que é denominada ‘estratégia adaptativa’”. Segundo Luís, quando as organizações entendem isso e colocam a estratégia adaptativa em prática, há uma sensação de pertencimento por parte das equipes e os resultados alcançados são muito melhores. Isso se dá porque o modelo promove uma comunicação mais transparente, que permite identificação, motivação e engajamento e faz com que as pessoas envolvidas sintam-se partícipes e não apenas executoras.      

                    O conceito de estratégia adaptativa é totalmente aderente às novas necessidades do mercado e do mundo VUCA-BANI porque parte do princípio que, se tudo muda o tempo todo e nada é o que a princípio parece ser – e essa máxima pode ser aplicada nos mais diferentes cenários, é importante preparar as equipes para lidar com obstáculos inesperados e dar visibilidade a elas a respeito da importância do seu papel no todo, seja em uma estratégia, seja em um plano ou qualquer ação. Além disso, a estratégia adaptativa traz, em si, o conceito de promover segurança psicológica dentro das organizações, algo que nos últimos anos – e com as novas demandas de um mundo pandêmico que obrigou as organizações a rever tudo o que até então era entendido como “certo” ou “funcional” – revelou-se uma prática que fomenta a inovação a partir de um olhar mais aberto, de acolhimento ao diferente e aos novos desafios, e menos estático, baseado no pensamento “manda quem pode, obedece quem tem juízo”, tão comuns nos modelos de gestão top-down.              

        Assim, além de depender de uma cultura de aprendizagem que suporte a própria cultura da empresa, o conceito de estratégia adaptativa faz todo o sentido no cenário econômico atual, que caminha para o futuro. Com a transformação digital, muito além da implementação de tecnologias, as organizações perceberam qual é, efetivamente, seu recurso mais rico, versátil, produtivo e essencial: as pessoas. As empresas que querem se manter relevantes no futuro precisam abraçar a estratégia adaptativa dentro do contexto de cultura organizacional aliado à cultura de aprendizagem e apostar em seus colaboradores. Afinal, muitas cabeças sempre pensarão melhor do que uma.      

                    Confira                  a                                     entrevista exclusiva                     com o Luís Sousa                  , especialista em estratégia          !