Se você tivesse que escolher um vício para chamar de seu, qual seria? Repare que a maioria das coisas que viciam, quando experimentadas pela primeira vez, causam estranheza — comida japonesa, cerveja, ostra e tantas outras.
Nossos sentidos não estão acostumados com elas. Por algum motivo (seja pela pressão do grupo, seja necessidade de convívio social), nos forçamos a continuar tentando até que passamos a gostar daquilo e, mais à frente, a sentir falta.
Nosso cérebro foi criado para economizar energia por motivo de sobrevivência. Isso foi lá nos primórdios, mas até hoje precisamos lutar contra ele para que consigamos sair dos padrões a que ele insistentemente busca nos levar.
A neurociência explica isso muito bem. Se cairmos na tentação da acomodação, entramos na famosa zona de conforto, aquela que parece quentinha e tranquila, mas que nos leva à perigosa região do não aprendizado, do não crescimento.
A resposta é simples: tornarem-se irrelevantes. Com a velocidade das mudanças atuais, isso pode acontecer num piscar de olhos. Novos modelos de negócios, formas de planejamento e de execução, formatos de trabalho e tecnologias estão movimentando o cenário organizacional. Se permanecermos com nossas formas tradicionais de pensar e agir, estaremos fadados à irrelevância, à estagnação.
Num primeiro olhar, vício nenhum é bom, mas um em especial poderá trazer benefícios e talvez a própria sobrevivência aos profissionais: o vício por aprender. Será esse lifelong learning que nos moverá para frente, que ampliará nosso repertório e nos ajudará a nos manter relevantes no mercado.
Podemos lançar mão de muitas formas e percorrer diversos caminhos, mas priorizamos aqui 10 insights que se complementam. Vamos lá!
Parece brincadeira, mas iniciar o movimento é o primeiro passo. Não pense no tamanho do desafio, apenas inicie. Rapidamente, seu repertório se desenvolve e você (assim como as pessoas a sua volta) consegue perceber a diferença por meio de suas contribuições em reuniões, resoluções de problemas, visões diferentes das que costumava ter.
Você se lembra de quando precisou aprender a escovar os dentes? No início, precisou pensar nos movimentos, coordená-los e, aos poucos, foi melhorando a técnica ao ponto de eles se tornarem automáticos. O mesmo ocorre aqui. Seu cérebro despende uma grande energia no início, mas aos poucos você passa a aprender de forma automática.
Está vendo um vídeo, ouvindo um podcast, lendo um artigo e começa, sem perceber, a fazer conexões, pensar em soluções para questões do trabalho e da vida. É nesse cenário que se nota o lifelong learning.
Quando começar a aprender continuamente, sua fome de aprendizado o fará passar inevitavelmente por aquela sensação desconfortável do FOMO (Fear Of Missing Out), que se resume no medo de perder oportunidades.
Contudo, é fundamental perceber rapidamente isso, aceitar que é impossível absorver todo o conhecimento que essa era da informação é capaz de fornecer, para logo chegar ao JOMO (Joy Of Missing Out), ou seja, a alegria de estar de fora.
Quando chegar aqui, a sensação de alívio será muito grande, mas também porque você provavelmente já adquiriu a capacidade de realizar curadoria (saber o que buscar, onde buscar, a quem seguir etc.) para focar naquilo que realmente importa.
Todos nós temos um pouco do mindset fixo e um tanto do mindset de crescimento, também chamado de progressista. O que é diferente nas pessoas é o tamanho de cada um desses tipos. Se queremos aprender cada vez mais, ao longo da vida, é mandatório que busquemos desenvolver o segundo tipo, o qual nos faz acreditar que conseguimos:
É ela quem nos faz querer descobrir o mundo, perseguir as respostas tanto às suas questões existenciais como às mais práticas ou materiais. Ela nos move para a resolução de problemas — e, quando falamos de problemas, nos referimos tanto a coisas boas (como o planejamento de um grande evento ou aniversário) quanto coisas ruins (a fome no mundo, no seu país ou no entorno do seu bairro, por exemplo).
Você pode demonstrar curiosidade ao se interessar pelos caminhos percorridos por profissionais que admire para, então, poder dedicar seus esforços para alcançar o que também deseja. Essa é uma excelente forma de benchmarking, não é mesmo?
Grandes executivos têm este dom. No lugar de respostas para tudo e para todos, eles fazem perguntas. Não aquelas indagações que, por trás, estão direcionando o caminho: são aquelas que instigam as pessoas a pensarem, a abrirem seus horizontes e a encontrarem os caminhos.
Perguntas corretas e poderosas permitem encontrar a causa raiz de problemas para que, então, uma equipe possa trabalhar nas soluções adequadas. Nada pior do que se empreender um esforço enorme para chegar em uma solução “maravilhosa” para o problema errado.
Percorra trajetos diferentes para chegar ao trabalho, ande por lugares novos, leia coisas não vinculadas a sua área de expertise, veja filmes que nunca escolheria, viaje para lugares inusitados. Tudo isso amplia o seu “lado generalista”, multiplicando as possibilidades de combinações com seu “lado especialista”, ampliando sua criatividade e repertório.
A isso chamamos transdisciplinaridade — característica de alguns profissionais que é extremamente valorizada pelas organizações. Afinal, ela os faz capazes de resolverem problemas complexos.
Um café ou happy hour podem ajudar a encontrar respostas importantíssimas para sua vida, área ou empresa. Nutrir a rede, estar em contato frequente com pessoas que podem complementar ou chacoalhar suas ideias preconcebidas é essencial. E não deixe para buscá-las somente nos momentos que precisa.
Estude modelos de negócios diferentes, métodos, cases e processos diferentes. As respostas que você tanto procura, as oportunidades e os riscos ao seu negócio atual podem vir de lugares inimagináveis. Por isso, é preciso estar atento aos movimentos, analisar o que dá certo e o que dá errado, aprender com eles e agir, fazer acontecer.
A capacidade humana hoje está potencializada pela sua combinação com a tecnologia. Busque ter acesso a soluções que ampliem seu conhecimento e forneçam ferramentas para a realização de uma atividade ou a resolução de um problema na hora que precisar, onde precisar e como precisar. Esse será um de seus principais diferenciais competitivos.
A essa altura, você já deve ter percebido que é no desconforto que acontece o lifelong learning. Ele nos faz reagir e agir em prol do nosso desenvolvimento. Ficar apegado à zona de conforto só vai antecipar o declínio do profissional e da organização.
É preciso visão, coragem e ação contínua para a aquisição desse vício de aprender. O futuro não é previsível, as habilidades requeridas para transitar do hoje para o amanhã mudarão. Somente desenvolvendo a capacidade de aprendizagem contínua participaremos ativamente desse movimento, no lugar de sermos arrastados por ele.
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