Que somos lifelong learners e seremos eternos novatos, já é sabido desde quando Vygotsky nos provocou para o fato que o desenvolvimento humano ocorre a partir de diversos elementos e ações durante a vida e que a interação tem um papel fundamental para essa formação e para a aprendizagem. E aí vem a tecnologia e amplia a possibilidade de processos que permitem níveis de interação , cada vez mais, complexos e naturais.
Foi observando interações de nossos bots com clientes que ouvimos: “Esse robô é bem legal, eu curti. Demorou para eu perceber que era um robô, achei interessante ele mandar GIFs. Eu me identifiquei porque conversar usando GIFs é o que eu mais faço”. Esse é o tipo de evidência importante ao investigarmos caminhos mais orgânicos e digitais na aprendizagem.
Os bots (chatbots, voicebots, assistentes virtuais e afins) estão se tornando uma opção cada vez mais popular para interação, sendo que quanto mais baseados em inteligência artificial e machine learning, mais podem dar “match” com a aprendizagem . Eles estão aprendendo a entender a linguagem humana e estão ganhando mais recursos para reconhecer tom, emoções e nuances com significado.
Mas será que os bots ou assistentes virtuais podem ter conversas hábeis e envolventes? “Os chatbots são muito promissores no processo de ensino e aprendizagem porque possibilitam interação e acolhimento no ensino a distância. O potencial está na capacidade de se comunicar por voz, texto, imagens e vídeos. Tudo contextualizado, humanizado e escalável, disponível 24/7.” comenta Dalton Dionízio, designer conversacional da Afferolab.
Recentemente, o Unboxlab , o laboratório de inovação da Afferolab, pesquisou como a inteligência artificial poderia gerar mais valor para a aprendizagem contemporânea . “A partir da escuta dos nossos clientes, identificamos três grandes dores: como escalar informações, como engajar colaboradores em temas estratégicos e como gerenciar o conhecimento de times que estavam em silos – porém, com as mesmas dores", comenta Sylmara Verjulio, head do laboratório.
Sylmara ainda complementa a explicação: "Conectamos esses problemas à tendência de nos tornarmos super-humanos com apoio da tecnologia. Sendo assim, um caminho testado com alguns dos nossos clientes foi a IA conversacional porque vimos oportunidades em melhorar a gestão do conhecimento, disponibilizar pílulas de conteúdo sob demanda e de forma contextualizada, coletar dados de forma simples, aplicar feedbacks, compartilhar boas práticas de influenciadores, ser conveniente, ágil, escalável, acolhedor e engajar o aprendiz”, diz.
Com cada vez mais insights sobre aprendizagem ao longo da vida, social e informal, acordamos para o estratégico papel da interação para troca de informações e impressões e para a construção de conhecimento.
Daniela Libâneo, diretora de Learning Trends na Afferolab, geralmente recomenda que “os diálogos permitem que as pessoas criem e recriem seus mundos. É através dos diálogos que percebemos que existem diferenças entre nós que, quando respeitadas, somam e valorizam o todo”.
“O paralelo é simples. Por exemplo, quando perguntamos sobre como fazer algo, nós nos colocamos em posição de aprendizes imediatamente. Isso acontece há milênios, aplicativos e robôs para troca de mensagens são apenas meios mais recentes de conversar”, reforça Dalton.
A aprendizagem dialógica e os agentes conversacionais são peças-chave nesse processo e trazem um imenso desafio: uma conversa que flui é como uma dança com passos complexos onde cada indivíduo precisa se revezar no fluxo de palavras, em sua contribuição e em entendimentos sutis como percepção de contexto, empatia, análise de sentimento, adaptabilidade e linguagem.
Os bots são uma das formas bastante buscadas para automatizar processos, gerar dados, acompanhar performance e acelerar resultados . Na prática, são softwares programados para operar de forma automatizada. Mas eles têm uma longa história de uso como agentes pedagógicos, e muita coisa evoluiu principalmente devido à aplicação de design para criarmos bots envolventes, úteis e que não apenas aproveitem ao máximo a tecnologia embarcada, mas também se relacionem com questões contextuais e socioeducacionais.
“O uso dos learning bots gera reflexão sobre assuntos relevantes e apoia ciclos curtos de aprendizagem. Eles se tornam nossos parceiros sempre disponíveis.”, ressalta Leonardo Gonçalves, designer de inovação na Afferolab.
O bot precisa ser concebido por quem entende de aprendizagem e pensamento lógico, juntamente com design conversacional e UX writing. Isso porque existe um verdadeiro abismo entre um bot que opera como um FAQ para um que realmente dialoga e nos apoia em nossa própria construção. Existe até pesquisa e investimento para os bots interagirem usando linguagem contextual e conseguirem aprender a ouvir. Sim, porque diálogo pressupõe ouvir e dar espaço para o outro poder falar.
Sim e não. Existem os chatbots, bots mais básicos e os que caminham para a real aprendizagem, já considerados assistentes. Nesse meio do caminho, estamos desenhando potenciais learning bots.
Ou seja, os learning bots dialogam, auxiliam com conteúdos personalizados, recomendações de mentoring, mineram dados, cruzam tendências e suportam atividades.
Isso quer dizer que eles já sabem tudo e que mega personalizam isso pra gente? Ainda não. Robôs começam sabendo pouco , ainda incipientes pra personalizar lindamente como as teorias pregam. Eles realmente precisam interagir muito com as pessoas para aprender sobre elas, apoiar a experiência e evoluírem juntos.
Flô, nosso learning bot da plataforma LXP Flow , por exemplo, durante uma conversa, coleta informações e gera um mapa de aprendizagem individual composto por diversas pequenas metas, para, a partir daí, engajar pequenas conquistas que fazem toda a diferença, que, por sua vez, é monitorável pelo próprio participante.
São diversos os benefícios e os impactos dos learning bots tanto para o aprendiz quanto para áreas de RH, T&D, universidades ou qualquer área que viabilize experiências de aprendizagem, já que obtém dados que são indicadores poderosos. Alguns desses benefícios são:
Mesmo agregando poderio tecnológico, aceleração de curva de aprendizagem e aumento de engajamento, um Learning Bot e sua IA precisam se basear no que é o mais importante: o aprendiz como sujeito ativo e protagonista deste processo cada vez mais interativo.
Daniel Bardusco, consultor de inovação do Unboxlab, lembrando as lições de John Maeda no livro “How to Speak Machine”, afirma: “Munidos desse mindset digital, podemos vislumbrar oportunidades de uso da tecnologia na criação de produtos (e serviços) inclusivos e com potencial transformacional. Chatbots como assistentes de aprendizagem são um exemplo perfeito disso.”
O Learning Bot é um assistente que contribui com o aprendiz, que é o verdadeiro protagonista. E é somente um dos diversos elementos de um ecossistema imenso que abrange tudo que existe no contexto do aprendiz, pois tudo pertence.
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