Hui iniciou a palestra “Conexões Cognitivas” de um jeitinho todo especial. Mistura da sabedoria oriental com uma brasilidade infinita, chegou rapidinho ao coração da gente ao contar sua trajetória e nos mostrar que o mais importante não são os títulos que conquistamos ou as start-ups que abrimos. No caso dela, algumas dificuldades da vida e como as enfrentou atuaram como o artista que esculpe sua obra mais perfeita. Claro que esbarrar com alguns outros “serzinhos” especiais deu aquele toque final à obra.
A palestra, realizada no Hack Town 2018, trouxe o universo da arte contemporânea para dentro de uma sala de aula do Inatel repleta de pessoas encantadas e emocionadas com o que estavam vivenciando. Nossos sentidos estavam mais do que estimulados pelo combinado das palavras com as obras de artistas incríveis mostradas por Hui, e isso associado à presença luminosa da palestrante. A conexão arte X vida foi a tônica que permitiu tanto encantamento e aprendizado.
Ela abordou aqueles momentos de pressão que vivenciamos quando a força do Eu e a força do mundo se digladiam até a declaração de um vencedor: ora um, ora outro. E, sim, há momentos nos quais precisamos nos render. Ela se mostrou vulnerável para nos provar o quanto isso é potente no estabelecimento de conexões com o outro. Ao nos contar que, quando chegou ao Brasil, não entendia a língua, mas “sabia” o que se falava pela observação cuidadosa da entonação, da vibração, das sutilezas e das entrelinhas, Hui nos mostrou que a comunicação está muito além da linguagem, do idioma. Segundo ela, a comunicação é uma tecnologia orgânica de conexão.
Hui nos trouxe o lembrete, eternamente válido, de que estamos criando em rede. E, nesse processo, não existem regras que não possam ser quebradas. Ela reforçou que uma rede mais saudável, construtiva e inteligente é tecida a partir da capacidade de desconstruirmos nossas convicções e não sermos “autorreferentes”.
Sobre a inibição que alguns têm de apreciar obras de arte pelo fato de acharem que não “entendem de arte”, Hui trouxe algo libertador: Para apreciar, não precisa saber, mas apenas sentir! E acrescentou: “A arte é capaz de mudar realidades ao acessar a nossa sensibilidade e nos permitir questionamentos que propõem novas perspectivas”.
Em tempos em que o digital está tão em voga, ela enfatizou a necessidade de termos menos discurso e mais substância, de não domesticarmos nossa presença, nosso jeito de pensar, nossos pontos de vista e nosso senso crítico – aspectos fundamentais na era digital. Segundo Hui, a presença é algo muito poderoso, e o contato visual forte conecta as ondas cerebrais das pessoas.
E um dos momentos mais especiais da palestra foi quando ela lembrou que propósito é algo focado no nosso legado, e não na nossa reputação. Segundo Hui, quando nos achamos a pessoa mais inteligente da sala, já não estamos absorvendo e aprendendo nada novo. A mágica acontece quando relaxamos, ficamos “de boa”. Se estamos escravizados à “cultura” da performance, devemos nos perguntar: Para quem estamos performando? Hui compartilhou que, quando relaxamos e entendemos isso, a nossa vida muda; que, quando saímos da nossa bolha, percebemos que cabe um ecossistema de bolhas dentro de nós. E que não precisamos provar nada para ninguém.
E aí, pronto para mais aprendizados? Vamos lá! “Só é possível transbordar depois de nos esvaziarmos e nos preenchermos. Deixando o ego abrir espaço para o desconhecido, voltaremos a ser quem sempre fomos, mas jamais seremos os mesmos. E, quando estamos melhor resolvidos conosco mesmos, estamos mais abertos a ouvir o outro. Crise e oportunidade andam juntas: Representam enfermar o estabelecido e ‘parir’ o projetado. A pressão em produzir inibe o tempo e espaço para produzir o novo.”
E, para finalizar: “Com a luz, conseguimos comunicar qual estado de espírito queremos.”. Hui, que é luz infinita, encerrou dizendo que somos mais fotossensíveis do que demográficos.
Há como concluir depois disso? Concluir não, mas podemos iniciar um novo ciclo. Será que estamos nos colocando nesse lugar vulnerável? Estamos abertos a ouvir, a perceber ao nosso redor, a ver de verdade? Estamos “de boa” e aprendendo sempre ou mais preocupados com mostrar performance? Tantas perguntas podem ser feitas, e a respostas delas poderão ser novas reflexões que virão depois de tamanho saber. Ou será sentir?
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