Nunca se falou tanto em microlearning como uma ferramenta facilitadora do processo de aprendizagem, como nos dias de hoje. Mas você sabe o que é, de fato, esse conceito e quais benefícios ele pode trazer para o aprendizado de seus colaboradores?
Vivemos na era do micro. Nossa comunicação acontece em microinterações: Twitter, WhatsApp, stories no Instagram, Yammer, Slack e tantas outras ferramentas e aplicativos. Usamos nossos smartphones para quase tudo. Precisa de uma receita? Assista a um vídeo no YouTube. Quer saber das notícias? Diversos apps de jornais estão disponíveis para consumo. Está no trânsito? Ouça um podcast no caminho para o trabalho.
Isso nos mostra o quanto já incorporamos à nossa rotina o consumo em “micropartes”, e por que não usar a tecnologia e esses pequenos minutos de atenção e engajamento do usuário também na aprendizagem?
O microlearning, traduzido para o português como “microaprendizagem”, têm como principal característica reduzir em pequenas partes um conteúdo ou tema a ser estudado. O aprendiz pode acessar o app ou o portal de aprendizado e consumir o que chamamos de objeto de aprendizagem, como vídeos curtos, artigos, infográficos, podcasts etc., dentro do período que ele tem disponível, uma vez que esses objetos exigem, em média, de 4 a 10 minutos de consumo.
Muitos colaboradores alegam não ter tempo suficiente para aprender algo novo ou se dedicar a um treinamento. Segundo a pesquisa do LinkedIn , 63% dos Millennials, 50% da Geração X e 37% dos Babyboomers dizem estar ansiosos para aprender. No entanto, na maior parte do seu tempo não há espaço para treinamentos formais, o que dificulta esse processo.
Mas fique calmo, fizemos um levantamento dos motivos pelos quais o microlearning pode ser uma nova ferramenta a ajudar a criar e cultivar uma cultura de aprendizagem em sua organização. Confira!
De acordo com o que tem estudado o neurocientista John Medina, ele apresenta o conceito da “regra dos 10 minutos” . Nela, ele sugere que a capacidade do nosso cérebro de prestar atenção em algo, geralmente diminui depois de aproximadamente 10 minutos.
Isso nos sugere que aprender algo novo pode ser dividido em “sessões” de curta duração, não necessariamente nos 10 minutos — afinal tudo pode ser adaptado para mais ou para menos, levando em consideração o perfil do público e o contexto de aprendizagem.
Desenvolver uma nova habilidade não é um evento e sim um processo. Isso significa que investir pequena quantidade de tempo por um período prolongado pode melhorar os resultados de aprendizagem.
Os pesquisadores chamam de “efeito espaçador” , que demonstrou que dividir o processo de aprendizado por um período de tempo maior limita a probabilidade de que você precise voltar para retificar ou recomeçar completamente um conteúdo.
Apoiar o colaborador quando ele demonstra que precisa aprender é mais interessante e aumenta o engajamento. Vale ressaltar que adultos gostam de autonomia e de serem responsáveis pelo seu próprio aprendizado.
Ao oferecer conteúdo de qualidade por “microaprendizagem”, eles podem escolher o que melhor atende às suas necessidades. Todas as gerações apresentam essa característica de aprendizagem autodirigida e, de acordo com o report do LinkedIn, esse é o formato preferido entre a Geração Z (43%) e os Millennials (42%).
Com a tecnologia mais avançada, a Inteligência Artificial (IA) possibilita ao microlearning utilizar algoritmos capazes de coletar e processar grandes quantidades de dados e cruzar as informações em tempo real.
Isso resulta na análise e categorização de preferências de aprendizagem, tipos de abordagem (formatos de mídia) e ritmo de cada usuário. Com esses dados, a própria ferramenta pode sugerir conteúdos a serem consumidos de acordo com as necessidades do colaborador.
Quase três quartos dos Millennials dizem valorizar a colaboração e a troca no momento de aprendizagem — seguidos pela Geração Z (63%) e as Gerações X (59%) e Babyboomers (57%). Com as redes sociais em alta, isso nos mostra que as pessoas têm aprendido mais e melhor com a inteligência coletiva. O formato do microlearning acaba por facilitar a troca e o compartilhamento de conteúdos consumidos entre os usuários da organização.
De acordo com uma pesquisa realizada em 2018 , 40% dos adultos checam seu celular nos primeiros 5 minutos ao acordar. Entre os britânicos, a média de tempo que uma pessoa acessa seu celular é de 12 minutos ao longo do dia e a utilização diária do aparelho entre adultos é, em média, de 2 horas e 49 minutos por dia.
Esses números aumentam entre jovens de 15 a 24 anos, que utilizam o dispositivo móvel em uma média de 4 horas por dia. Com o fácil acesso à Internet, utilizar aplicativos para a aprendizagem em microlearning pode ser um formato certeiro e, de certa forma, mais habitual para os colaboradores.
Sabemos que determinados temas ou necessidades de desenvolvimento exigem mais tempo e um mergulho mais profundo. O microlearning pode ser uma ferramenta de apoio e base na construção dessa linha de raciocínio, dando suporte ao aprendiz durante todo o processo.
Esse suporte pode ser antes ou depois de um treinamento presencial:
Estamos na era do User Experience (UX), em que desenhar experiências engajadoras é um dos focos principais para o público que se quer alcançar, por meio de aspectos afetivos, experienciais, significativos e valiosos durante a interação com um produto ou serviço.
Utilizar ferramentas que têm essa função como premissa é a melhor maneira de conquistar e promover experiências que farão diferença ao longo do processo de aprendizagem, focando estratégias planejadas e adaptadas ao contexto no qual a organização está inserida.
Agora que você já compreendeu a importância desse tal de microlearning, que tal entender como ser um profissional de sucesso ao investir no lifelong learning ?
Mais do que uma consultoria de treinamentos, atuamos como um ecossistema de aprendizagem, promovendo experiências de alto impacto, significativas, memoráveis e feitas para melhorar a vida de gente como a gente.
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