O atual cenário trouxe um desafio para as organizações: repensar a forma de realizar treinamentos, especialmente aqueles planejados para o formato presencial. Por isso, reunimos aqui algumas informações sobre este desafio e como é possível vislumbrar soluções.
Embora a aprendizagem a distância e por meio digital não seja novidade, é a pauta do momento. Isso porque, para muitas organizações, está sendo primordial repensar a questão da aceleração da transformação digital, especialmente no que impacta os treinamentos corporativos.
Mas, antes de pensarmos em soluções, vale relembrar que outros momentos na história também já promoveram uma mudança de mindset nas organizações relacionada à necessidade de maior presença digital, mas nunca de forma tão intensa e acelerada como agora, com a pandemia da COVID-19, em que o encontro presencial está suspenso por razões de saúde pública.
Podemos citar alguns eventos, como: o surgimento da internet no Brasil (1995), que proporcionou uma verdadeira mudança nas ações de educação a distância; a internet no telefone celular, que modificou a forma como consumimos a informação, e inclusive nossa forma de aprender sobre determinado assunto; e outros eventos, como a expansão do acesso ao 4G ou 5G e a inteligência artificial do atual mundo 4.0, que possibilitam, cada vez mais, a ampliação da robotização e da programação ágil dos algoritmos, bem como o atendimento personalizado e digital em quase toda transação realizada de forma on-line.
Enfim, são inúmeros os eventos que têm ocorrido nos últimos anos, mas talvez nenhum como a COVID-19, pandemia que está impactando a vida de pessoas do mundo todo e já é um marco na história, gerando até expressões como “antes da COVID-19” e “após a COVID-19”. As transformações são inevitáveis, uma vez que a doença alterou a forma como as pessoas trabalham, relacionam-se e consomem produtos e serviços. Isso vale também para os treinamentos, principalmente quando se pensa na transformação daqueles que estavam previstos para acontecer presencialmente. Algumas características das entregas digitais fazem com que elas sejam bastante efetivas nesse contexto, como:
Maior alcance de público – é possível disponibilizar o e-learning para um número maior de participantes, independentemente da localização geográfica deles. Porém, é necessário que o aluno tenha conexão com a internet e que o idioma do e-learning se adapte se for preciso.
Economia – não há necessidade de despesas com deslocamento, hospedagem, coffee break e, muitas vezes, o custo total torna-se mais baixo se comparado ao de uma ação presencial para o mesmo número de pessoas que o e-learning é capaz de alcançar.
Protagonismo e comprometimento do aluno – dependerá mais do aluno a condução da própria evolução na aprendizagem. Para isso, será fundamental que ele identifique a relevância do aprendizado (premissa da Andragogia). O aprendiz passa a ter maior autonomia sobre a própria concentração, profundidade no estudo, entre outras atitudes durante a aprendizagem.
Atualizações sem tanto impacto financeiro e tempo – o digital permite upgrade sem, necessariamente, precisar fazer ou planejar tudo desde o começo e, para turmas novas, torna possível ajustar informações sem replanejar toda a aula.
Flexibilidade – o conteúdo digital permite o acesso a qualquer hora e praticamente de qualquer dispositivo, garantindo assim maior facilidade na conciliação de jornada de trabalho e aprendizagem.
Geração de dados – é possível extrair uma série de dados dos treinamentos digitais. Pode-se, por exemplo, levantar as preferências do aprendiz, como: mídias mais acessadas, nível de engajamento, principais tópicos de interesse etc. Esses dados, combinados com machine learning, podem garantir a criação de playlists de conteúdos mais aderentes ao perfil do usuário, assegurando entregas mais efetivas.
Quando pensamos no planejamento de um treinamento, mesmo on-line, continua valendo o levantamento de informações importantes para a experiência de aprendizagem completa. E algumas dessas informações passam a ser ainda mais valiosas. São elas:
Perfil do público – conhecer a audiência no que diz respeito a ocupação, nível de escolaridade, facilidade com os recursos e/ou ferramentas utilizados ao longo do treinamento.
Tempo – qual o tempo disponível para dedicação ao treinamento versus a necessidade de tempo para explanar o conteúdo de forma efetiva para a absorção das informações.
Objetivos de aprendizagem e de negócio – elencar os objetivos de aprendizagem de acordo com a complexidade e relevância das informações, alinhadas aos resultados esperados para a organização.
Engajamento – é fundamental entender “para quem” e “o quê” estamos falando a fim de descobrirmos “como” podemos falar da melhor forma possível. E o segredo para isso é sempre ter empatia para criar esse engajamento.
Estas e outras informações precisam ser analisadas, tanto para ações digitais (a distância) como para ações presenciais, porém a diferença é que algumas ferramentas e alguns recursos conseguem atender melhor a uma ou outra modalidade. E, neste ponto, ocorre a decisão se a ação deve ou não ser síncrona. Por exemplo: enquanto em uma aula com carga horária de 8h estão previstas as participações e falas dos alunos e um tempo destinado a atividades em grupo; em um curso on-line, será necessário repensar o conteúdo e a carga horária como um todo, planejando ações mais curtas, com informações mais sucintas. No entanto, ainda é possível manter os objetivos de aprendizagem, algumas interações, exercícios e até mesmo atividades em que o aluno consiga expressar ou compartilhar opiniões, além de ser possível construir algo individualmente ou em grupo. Porém tudo dependerá do planejamento desta estratégia educacional e da solução de aprendizagem.
As ações de treinamento podem ser:
On-line e Síncrona – quando a ação ocorre ao vivo, com a presença dos envolvidos durante o treinamento. Por exemplo, uma webaula, webconferência ou palestra ao vivo.
On-line e Assíncrona – é quando a ação ocorre on-line, porém não está ocorrendo com a presença de todos os envolvidos ao mesmo tempo. Por exemplo, um e-learning, uma aula gravada, ações que podem ser vistas ou assistidas quando o aluno se planejar para isso.
O interessante é saber que, em ambas as situações, síncrona e assíncrona, podem ser previstas interações do aluno. Quando pensamos em ações de treinamento na modalidade on-line e assíncrona, há inúmeras possibilidades de formatos, metodologias e ferramentas. Em linhas gerais, temos ferramentas para coleta instantânea de percepções dos participantes (como Mentimeter, Slido ou Edupulses), construções coletivas (como Mural, Miro ou Jamboard) ou transmissão de streaming (como Google Meet, Zoom ou Teams). Além disso, existem as metodologias ativas que têm sido aplicadas na modalidade on-line e têm apresentado resultados interessantes na aprendizagem. Apesar de serem a distância, colocam o aluno no centro e realmente ativo no processo de aprender. Algumas dessas metodologias ativas são: Storyteling, Gamificação, estudos de caso com tomadas de decisão, dinâmicas em fóruns, construção de projetos “mão na massa”, entre outras.
É importante destacar que apenas alterar o formato da ação de T&D não assegura aprendizagem. Novas metodologias, ferramentas e novos dispositivos tecnológicos ajudam. No entanto, o foco dessa mudança do presencial para o digital deve ser o aprendiz: suas preferências, limitações e necessidades. Eventualmente, podemos encontrar resistência, falta de engajamento e até mesmo limitações técnicas; barreiras que precisam ser superadas tendo em vista a construção da melhor experiência para o participante. Em suma, assegurar a clareza dos objetivos de aprendizado e seus impactos para as metas do negócio e considerar sempre o aprendiz no centro da experiência são premissas básicas para implantar a transformação digital nas ações de aprendizagem de uma organização.
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