Se o blockchain gerencia muito melhor a responsabilidade e a transparência, faz todo o sentido ser aplicado para evidências do que se aprende e do que se faz.
Onde quer que esteja e o que quer que faça, você está recebendo sinais e imensa pressão para se reinventar, ser resiliente, aprender, desaprender e reaprender cada vez mais, ter mentalidade de crescimento, ser ágil, inspirar outras pessoas, analisar… e por aí vai. Tudo sendo necessário para nos mantermos relevantes no mundo complexo e em transformação digital acelerada em que vivemos.
No cenário de aprendizagem corporativa, nos encontramos tentando surfar na era do superaprendizado ágil e ao longo da vida. Há muito investimento sendo feito na adoção de novos modelos e no uso de recursos e tecnologias que viabilizem o desenvolvimento de habilidades, além de qualificação e requalificação contínuas — também conhecidas como upskilling e reskilling, ou até o outskilling, que consiste em olhar para futuro e mapear os profissionais que possuem funções com risco de deixarem de existir e que, por isso, têm alta probabilidade de perder o trabalho em um futuro próximo. Esse mapeamento é essencial para uma possível repriorização no desenvolvimento de novas funções.
Analisando bem, no centro disso tudo está o fato de que todos buscam prontidão de habilidades ou capacidades e têm o objetivo de identificar necessidades e desenvolver pessoas com potencial de tornar o grupo, ou a organização, ainda mais forte para enfrentar o futuro.
Quer um complicador? Vivemos em um mundo hiperconectado como uma rede distribuída, de todos para todos, multigeracional e multicultural, diverso, mas ainda não inclusivo como deveria, com uma produção de informação e conhecimento sem precedentes. É nesse cenário que aprendemos. Mesmo que a empresa promova eventos e desenvolvimentos corporativos formais, as pessoas buscam outras conexões, em paralelo, e têm um jeito próprio de aprender, se desenvolver e se apoiar entre si. Elas aprendem em plataformas de compartilhamento de informações simples e rápidas. Curtem, comentam, complementam e influenciam. Tudo faz parte do ecossistema de aprendizagem distribuído e real no qual já estamos inseridos.
Três dos maiores desafios das áreas de T&D das empresas são:
Na real, nada mais é tão linear. O mundo atual está muito mais baseado em múltiplas evidências e comportamentos do que em eventos, em avaliações pontuais ou sazonais, ou mesmo em ferramentas de mensuração de capacidades. Aprendemos, desaprendemos, reaprendemos e impactamos o tempo todo, de várias formas. E para isso acontecer no volume e ritmo necessários, só é possível com planejamento, tecnologia e análise de dados aportados no ambiente, nas metodologias e nos rituais das áreas de aprendizagem.
Os dados certos, coletados de forma inteligente e segura, e disponibilizados em bases confiáveis que possam ser acessadas para análises e para suportar decisões, retroalimentam um fluxo contínuo de superaprendizado.
É aí que entra a defesa crescente do uso de tecnologia blockchain como aceleradora desse processo.
Blockchain?
Como assim?
Isso não é tecnologia de Criptomoedas? Bitcoin?
Também. mas é muito mais que isso.
Trafegar nessa complexidade requer tecnologia, e blockchain é a tecnologia que viabiliza e registra transações adotando modelos, regras e monitoramento de forma a possibilitar operações transparentes, com histórico imutável e extremamente confiáveis . E um dos fatores mais importantes é que ela opera como uma grande rede que conecta pontos a milhões de outros pontos , onde tudo o que é registrado também é protegido por criptografia e multiplicado em cópias que guardam a história de diversas evidências, de qualquer transação , garantindo que tudo permaneça gravado para sempre.
Em um artigo sobre blockchain e seu poder transformacional , Leonardo Gonçalves, ex-especialista do Unboxlab, laboratório de inovação da Afferolab, dá uma base excelente do que é e de como está caminhando essa tecnologia. Ele reforça que não importa o que surgiu primeiro, se o bitcoin ou o blockchain, assim como não faz diferença entre o ovo e a galinha. O que importa é que o blockchain veio para ficar, já impacta fortemente o mercado e nós precisamos aplicar nossas tech skills para entender isso, antecipando impactos e buscando novas oportunidades.
Se blockchain gerencia muito melhor a responsabilidade e a transparência, faz todo o sentido ser aplicado para evidências do que se aprende e do que se faz. Com ele é possível registrar evidências, conjuntos de evidências de habilidades ou ações e traduzir isso tudo em conquistas que podem virar tokens ou ativos digitais.
Isso é valor para cada indivíduo reconhecido, para grupos e até para a organização em sua totalidade. Conquista sobre conquista.
A melhor parte de se trabalhar com inovação é aplicar tudo em casa para vermos o que acontece. Aqui na Afferolab estamos executando um projeto beta de tokenização para gerar uma carteira de habilidades mais valiosa do que diplomas e traduzir, de forma justa e transparente, os objetivos que nós alcançamos e os resultados que conquistamos todos os dias. Como parceiro tecnológico, escolhemos a Hathor Network , que possui um modelo de blockchain extremamente rápido e nos ajudou a identificar e desenvolver tokens que são ativos valiosos de conquistas de habilidades.
Os resultados e aspectos de propriedade da conquista e da “vitrine” de relevância com a tokenização têm sido empolgantes. Embora essas conquistas sejam das pessoas, em conjunto elas fortalecem todo o grupo.
Na prática, vale destacar ser necessário reunir vários elementos para colocar um projeto como esse em prática:
O desdobramento disso na sociedade será positivo se todos procurarmos conhecer a tecnologia e seus possíveis impactos, se buscarmos possibilidades em nossos contextos e se, a partir disso, desenharmos aplicações para um futuro desejável.
Além disso, se todos os grupos que lideram iniciativas de desenvolvimento humano se provocarem a mudar a mentalidade, entenderem que vivemos em rede, num contexto de cultura distribuída, e se propuserem a experimentar — pilotar — essa nova maneira de reconhecer o desenvolvimento das pessoas, assumiremos uma função executiva, saindo do modo expectador e passando a, efetivamente, co-construir um futuro para o desenvolvimento humano em parceria com a tecnologia.
Texto originalmente publicado na coluna Aprendizagem Hackeada, assinada pelas diretoras executivas da Afferolab, Daniela Libâneo e Barbara Olivier, na The Shift.
Mais do que uma consultoria de treinamentos, atuamos como um ecossistema de aprendizagem, promovendo experiências de alto impacto, significativas, memoráveis e feitas para melhorar a vida de gente como a gente.
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Atualmente, esta pergunta-título é uma grande discussão no universo da educação e da aprendizagem corporativa. Mas, o que de fato está morrendo e o que está nascendo no lugar? Neste material, trazemos insights importantes sobre o futuro das universidades corporativas.
Nossa diretora de Learning Trends, a Dani Libâneo, escreveu um artigo sobre a importância de ampliarmos o olhar para as muitas possibilidades de aprendizado que a vida nos oferece o tempo todo, mas que às vezes deixamos passar.
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